Quando escrevi este post desabafo, fiquei com a sensação que o devia desenvolver. Mas quis a falta de tempo que o não fizesse. Agora, e no descanso das férias, com tempo e disposição não posso deixar de apresentar a teoria do Português Médio. Teoria que venho a desenvolver há algum tempo nomeadamente, quando bebo uns copos e me sento a falar de sociedade ou politica.
Importa antes de mais caracterizá-lo. O Português Médio é uma franja ainda grande da sociedade que tal como o nome indica, ocupa uma posição central, embora possa estar mais perto de um ou de outro extremo. O Português Médio está bem acima do limiar de pobreza e suficientemente distante da riqueza. Tem um emprego fixo e estável, sempre por conta de outrem ou controla micro/pequenas empresas. É socialmente aceite e apoia o topo da sociedade ao mesmo tempo que conhece a situação e tenta ajudar os extractos mais baixos. Tem uma apetência grande pelos bens imóveis e os (poucos) incentivos à poupança têm nele sempre eco.
O retrato que acabei de fazer é mais ou menos o de um Português modelo. É evidente que o Português Médio real não preenche um ou outro destes requisitos. Imagine Portugal se tal acontecesse… seríamos um país quase perfeito. Mas não somos. Das inúmeras razões para o não sermos está desde logo na forma como o Português Médio é tratado. Ele é o alvo preferencial. Do Português Baixo, do Português Alto e mesmo do Estado nas suas mais diversas formas.
É o Português Médio que sustenta e põe o país a funcionar. Porque é ele que verdadeiramente trabalha, quase sempre com grandes responsabilidades dentro da organização, não traduzidas em salário. Porque é ele que paga uma grande fatia do IRS recebido pelo Estado. A sua condição de trabalhador por conta de outrem, muitas vezes por conta do próprio Estado, faz com que pague impostos sobre tudo o que, realmente, aufere. Porque é ele o garante da esmagadora maioria das Associações deste país, ajudado financeiramente pelo Português Alto e contando com a ajuda caso o solicite do Português Baixo para quem as associações são maioritariamente vocacionadas (quando se fala aqui em Associações retiram-se todas as mediáticas, essas estão ao serviço do Português Alto no seu caminho para a fama). Porque o Português Médio paga voluntariamente todas as suas obrigações. E fá-lo não porque concorde mas porque não pode fugir como o Português Alto (que usa o seu poder para contornar o sistema) e como o Português Baixo (que por não ter meio de pagar não o faz e vai empancando a máquina que cobra). Porque é ele o mais vulnerável na justiça. Não tem os meios para a contornar como o Português Alto e ao contrário do Português Baixo, preocupa-se com os bens que tem e com a imagem na sociedade.
Podia continuar e desenvolver mais este texto mas acho que a ideia principal já passou. E afinal, eu serei um Português Médio no futuro. Que como todos os Portugueses Médios estão de férias em Agosto (não podem ir à época alta Brasileira nos nossos meses de frio como o Português Alto mas também não ficam em casa à espera de melhores dias como o Português Baixo) e a piscina já chama…
O retrato que acabei de fazer é mais ou menos o de um Português modelo. É evidente que o Português Médio real não preenche um ou outro destes requisitos. Imagine Portugal se tal acontecesse… seríamos um país quase perfeito. Mas não somos. Das inúmeras razões para o não sermos está desde logo na forma como o Português Médio é tratado. Ele é o alvo preferencial. Do Português Baixo, do Português Alto e mesmo do Estado nas suas mais diversas formas.
É o Português Médio que sustenta e põe o país a funcionar. Porque é ele que verdadeiramente trabalha, quase sempre com grandes responsabilidades dentro da organização, não traduzidas em salário. Porque é ele que paga uma grande fatia do IRS recebido pelo Estado. A sua condição de trabalhador por conta de outrem, muitas vezes por conta do próprio Estado, faz com que pague impostos sobre tudo o que, realmente, aufere. Porque é ele o garante da esmagadora maioria das Associações deste país, ajudado financeiramente pelo Português Alto e contando com a ajuda caso o solicite do Português Baixo para quem as associações são maioritariamente vocacionadas (quando se fala aqui em Associações retiram-se todas as mediáticas, essas estão ao serviço do Português Alto no seu caminho para a fama). Porque o Português Médio paga voluntariamente todas as suas obrigações. E fá-lo não porque concorde mas porque não pode fugir como o Português Alto (que usa o seu poder para contornar o sistema) e como o Português Baixo (que por não ter meio de pagar não o faz e vai empancando a máquina que cobra). Porque é ele o mais vulnerável na justiça. Não tem os meios para a contornar como o Português Alto e ao contrário do Português Baixo, preocupa-se com os bens que tem e com a imagem na sociedade.
Podia continuar e desenvolver mais este texto mas acho que a ideia principal já passou. E afinal, eu serei um Português Médio no futuro. Que como todos os Portugueses Médios estão de férias em Agosto (não podem ir à época alta Brasileira nos nossos meses de frio como o Português Alto mas também não ficam em casa à espera de melhores dias como o Português Baixo) e a piscina já chama…
5 comentários:
Apoiado !
Maneló
nem mais
Deduzo que sou um português marreco!
devias estar lindo quando escreveste isto...
Até que enfim que há alguém que diz alguma coisa acertada e denuncia o alcoolismo deste leitão da bairrada.
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