Somos efectivamente um povo com má memória e muito pouco coerente. Há anos atrás, achávamos Carlos Cruz, o entertainer, por excelência. Longo foi o seu estado de graça mas bastou, pelo menos até agora, uma suspeita de abuso de menores para que o mesmo povo que enchia as bancadas do 1 2 3, o apupasse e chamasse de pedófilo.
Mais recentemente, foi o casal McCann. Foram o porta-bandeira do mundo inocente contra os maus da fita, foram a razão das preces de milhões (se é que ainda existem milhões) de fieis e todos viviam a dor do casal. Bastou juntar dois cães pisteiros e um teste de DNA para inverter o enredo torná-los no rosto do mal, capazes de assassinar a própria filha e tentarem sair impunes.
Scolari também não escapa ao amor-ódio Português. No dia em que lhe chamava aborto, burro e anormal por cometer os mesmos erros que tinha cometido no jogo inaugural e com isso ter-nos privado da Taça de Campeões da Europa, o país em peso esquecia as evidentes falhas do Sargentão e dizia dele, ser o maior. Uma equipa recheada de estrelas e com uma espinha dorsal herdada de Mourinho levou-o à final do Campeonato da Europa. Juntou-se ainda um puto chamado Ronaldo e atingimos as meias-finais no Mundial. Agora, e porque os resultados e Ricardo não ajudam já lhe chamam de empata e não demorará muito a pedirem a sua cabeça. Tudo mudará se daqui a pouco mais de duas horas tivermos vencido e convencido a Sérvia. Será de novo herói.
Também no desporto, vibrámos com as medalhas de ouro de Nelson Évora e Vanessa Fernades. Ainda que uns valorizassem as vitórias de dois atletas lusos (ainda que um nascido na Costa do Marfim) e outros valorizassem as vitórias de dois atletas do Benfica, todos mostraramo seu apreço. Se hoje perguntarmos por aí que modalidade pratica Nelson Évora somos capazes de ter surpresas. A Vanessa, que é boa porque não é boa, tem mais sorte. Como ganha várias vezes é mais difícil esquecê-la. Ontem vibrou-se e torceu-se pela selecção nacional de basket e sábado estaremos de ouvidos bem abertos a ouvir a selecção de rugby a cantar o hino e a ser esmagada logo de seguida. Em Outubro o basket, o rugby, Nelson Évora ou até mesmo os McCann, se entretanto surgir novo escândalo, estarão já esquecidos.
Haja memória e já agora, coerência…
Mais recentemente, foi o casal McCann. Foram o porta-bandeira do mundo inocente contra os maus da fita, foram a razão das preces de milhões (se é que ainda existem milhões) de fieis e todos viviam a dor do casal. Bastou juntar dois cães pisteiros e um teste de DNA para inverter o enredo torná-los no rosto do mal, capazes de assassinar a própria filha e tentarem sair impunes.
Scolari também não escapa ao amor-ódio Português. No dia em que lhe chamava aborto, burro e anormal por cometer os mesmos erros que tinha cometido no jogo inaugural e com isso ter-nos privado da Taça de Campeões da Europa, o país em peso esquecia as evidentes falhas do Sargentão e dizia dele, ser o maior. Uma equipa recheada de estrelas e com uma espinha dorsal herdada de Mourinho levou-o à final do Campeonato da Europa. Juntou-se ainda um puto chamado Ronaldo e atingimos as meias-finais no Mundial. Agora, e porque os resultados e Ricardo não ajudam já lhe chamam de empata e não demorará muito a pedirem a sua cabeça. Tudo mudará se daqui a pouco mais de duas horas tivermos vencido e convencido a Sérvia. Será de novo herói.
Também no desporto, vibrámos com as medalhas de ouro de Nelson Évora e Vanessa Fernades. Ainda que uns valorizassem as vitórias de dois atletas lusos (ainda que um nascido na Costa do Marfim) e outros valorizassem as vitórias de dois atletas do Benfica, todos mostraramo seu apreço. Se hoje perguntarmos por aí que modalidade pratica Nelson Évora somos capazes de ter surpresas. A Vanessa, que é boa porque não é boa, tem mais sorte. Como ganha várias vezes é mais difícil esquecê-la. Ontem vibrou-se e torceu-se pela selecção nacional de basket e sábado estaremos de ouvidos bem abertos a ouvir a selecção de rugby a cantar o hino e a ser esmagada logo de seguida. Em Outubro o basket, o rugby, Nelson Évora ou até mesmo os McCann, se entretanto surgir novo escândalo, estarão já esquecidos.
Haja memória e já agora, coerência…
2 comentários:
eu quero a cabeça de scolari.
ele não sabe dar um murro decente!
Eu nunca vibrei com o Carlos Cruz, nem com o Nelson Évora, nem com a Vanessa Fernandes, nem com o Scolari.
A verdade é que, tirando o Carlos Cruz - que me é e sempre foi (e não sei se será) completamente indiferente - os outros todos, podendo ser excelentes pessoas (não os conheço), são, do ponto de vista daquilo por que se distinguiram, absolutamente desprezíveis.
Enviar um comentário