Quando comecei a ler a notícia, devo confessar que a reacção foi das piores. Este aborto só diz merda - foi o primeiro pensamento. Numa entrevista cedida ao DN onde mais não consta do que alarvidades e auto-promoção, Saramago diz somente isto: “Não sou profeta, mas Portugal acabará por integrar-se na Espanha". Saramago tem já inclusivamente, o nome preparado para este novo país que vai surgir, Ibéria.
A minha inimizade e desconfiança para com Saramago são de longa data. Temos uma péssima relação desde o dia em que por causa dele recorri pela primeira vez aos livrinhos amarelos da Europa-América. O Memorial do Convento era intragável e eu tinha de arranjar solução para o teste que se avizinhava. Detestei na altura a sua escrita e desde aí não mais abri um livro dele. Não gostei e acredito que continuo a não gostar. Escuso-me neste post a comentar a sua escrita. Até porque tenho nas maiores considerações o prémio que Alfred Nobel fez instituir e que Saramago venceu.
Mas nesta entrevista, Saramago (o “Zé” que não faz falta) não fala de literatura, tirando o anúncio do lançamento de um livro novo. Não sei se o livro será bom ou mau mas sei que será um êxito de vendas. Saramago é um fenómeno de vendas só por si, e sabe manter esse estatuto. Nada como mais uma polémica e um diz-que-disse para tirar mais uns livritos das prateleiras. E eu estou a contribuir para essa publicidade gratuita. Mas não podia deixar de me insurgir contra este tipo de profecias. Portugal e Espanha são hoje países completamente distintos e sem elos que nos aproximem. Não nos devemos acomodar e assistir impávidos à ofensiva económica mas sim arregaçar mangas e iniciar a resposta.
A minha inimizade e desconfiança para com Saramago são de longa data. Temos uma péssima relação desde o dia em que por causa dele recorri pela primeira vez aos livrinhos amarelos da Europa-América. O Memorial do Convento era intragável e eu tinha de arranjar solução para o teste que se avizinhava. Detestei na altura a sua escrita e desde aí não mais abri um livro dele. Não gostei e acredito que continuo a não gostar. Escuso-me neste post a comentar a sua escrita. Até porque tenho nas maiores considerações o prémio que Alfred Nobel fez instituir e que Saramago venceu.
Mas nesta entrevista, Saramago (o “Zé” que não faz falta) não fala de literatura, tirando o anúncio do lançamento de um livro novo. Não sei se o livro será bom ou mau mas sei que será um êxito de vendas. Saramago é um fenómeno de vendas só por si, e sabe manter esse estatuto. Nada como mais uma polémica e um diz-que-disse para tirar mais uns livritos das prateleiras. E eu estou a contribuir para essa publicidade gratuita. Mas não podia deixar de me insurgir contra este tipo de profecias. Portugal e Espanha são hoje países completamente distintos e sem elos que nos aproximem. Não nos devemos acomodar e assistir impávidos à ofensiva económica mas sim arregaçar mangas e iniciar a resposta.
7 comentários:
Bem, bem...indignado!!!
Dois erros crassos do Sr. Saramago, obrigar-te a estudar...e referir qualquer tipo de integração de Portugal em Espanha,seguramente imperdoável, na tua perspectiva de ambas as realidades!!!!
Não é novidade o tipo de promoção que este escritor adoptou de há muito para cá... e concordo, quando dizes, que sabe manter o estatuto de fenómeno de vendas.
Pergunto-me no entanto, que propostas terás tu, para a resposta "à ofensiva económica"...esta última sim, confesso, intriga-me!
Desde logo mantendo blindadas aos Espanhois, as acções das grandes empresas nacionais. Nomeadamente as que têm capital Espanhol.
Os livros são da Caminho (e do Circulo de Leitores), e como sou suspeito, porque sou iberista, gosto do homem e dos livros que dele li, preferiria não abordar a questão fulcral do post, contudo, sinto-me na obrigação de te recordar dois pequenos pormenores: vivemos num mundo globalizado, e isso torna-nos vulneráveis, sobretudo em relação aos nossos vizinhos mais próximos, seja geograficamente, como é o caso de Espanha, seja linguisticamente, como é o caso do Brasil; segundo, o capital espanhol está de tal forma disseminado que tudo o que proponhas nos levaria provavelmente à ruína económica e ao afastamento do mercado global e ao "orgulhosamente sós". Mas isto sou eu a falar.
Espanha é hoje o país que mais importa produtos Portugueses e o que mais exporta para Portugal. Tem capital em inúmeras sociedades Portuguesas e tem posição forte nosmaiores sectores da nossa economia. É uma situação neste momento irreversivel. O repto que lanço é qiue não se delapide mais. E isso não implica o "orgulhosamente sós". Implica empresas mais competitivas e que aproveitem cinergias com os nossos vizinhos sem que lhes entreguemos a chave.
Estava a ver!
Caro Granel, tenho que aceitar que no parágrafo "Será-o porque Saramago é um fenómeno de vendas só por si..." o referido "Será-o" só pode ser uma provocação literária à inimizade visceral que dizes nutrir pelo cavalheiro.
Nem sem querer cometerias semelhante errro, verdad?!
Um homem tem de assumir os seus erros. E desde já o assumo. A verdade é que há muito que andava com dúvidas nestas palavras. Obrigado pela correcção. Teve o mérito de me fazer estudar um bocadinho e perceber a idiotice que andava a escrever. É que infelizmente não é caso único.
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