... que Portugal não é só Lisboa.
Os comentadores foram lestos a dizer que esta eleição tinha castigado a má gestão da CML nos últimos 6 anos por parte da coligação PSD/CDS-PP. Parece-me errada esta conclusão. A prová-lo estão os 3 mandatos conquistados por Carmona Rodrigues. O que o povo castigou foi o processo de destituição da Câmara e “ofereceu” uma derrota avassaladora a Marques Mendes e Paulo Portas, este último a lutar ainda contra o que ainda resta da era Ribeiro e Castro.
António Costa também não se sai a rir destas intercalares. Com uma vitória expressiva mas muito abaixo da fasquia que colocou (a maioria), vê-se agora na obrigação de uma coligação com Carmona ou com 2 outras candidaturas. Qualquer uma destas soluções é melindrosa e traz problemas. No primeiro caso porque se alia a quem criticou abertamente durante campanha e pré-campanha. No segundo caso, porque se alia a quem critica abertamente o Governo e o PS. Mesmo com a abertura pós-eleitoral de Roseta (afinal a independência não era assim tanta).
Sá Fernades conseguiu manter o seu mandato. Fica no entanto a ideia de que se esperava mais. O vereador justiceiro ou não foi reconhecido ou os Lisboetas sabem o que está para lá da máscara.
Ruben de Carvalho e Carmona acabam por ser, na minha óptica, os únicos vencedores da noite. Ruben mantém os seus dois mandatos e passa uma imgem de serenidade e promissora de acordos pontuais. Carmona vê limpa a sua imagem e apesar de não ter ganho tem os 3 mandatos que faltam a Costa.
É com estas condicionantes todas que Lisboa segue para 2 anos de autarquia. Espero sinceramente que haja bom senso e sentido de causa na governação Costa. Detestaria e seria bastante prejudicial para Lisboa que enveredasse pelo (provável) caminho da vitimização e ingovernabilidade com vista a uma maioria em 2010. O tempo o dirá.
Sinceramente e relendo o que aqui escrevi não me parece que se augure grande futuro para a capital…
António Costa também não se sai a rir destas intercalares. Com uma vitória expressiva mas muito abaixo da fasquia que colocou (a maioria), vê-se agora na obrigação de uma coligação com Carmona ou com 2 outras candidaturas. Qualquer uma destas soluções é melindrosa e traz problemas. No primeiro caso porque se alia a quem criticou abertamente durante campanha e pré-campanha. No segundo caso, porque se alia a quem critica abertamente o Governo e o PS. Mesmo com a abertura pós-eleitoral de Roseta (afinal a independência não era assim tanta).
Sá Fernades conseguiu manter o seu mandato. Fica no entanto a ideia de que se esperava mais. O vereador justiceiro ou não foi reconhecido ou os Lisboetas sabem o que está para lá da máscara.
Ruben de Carvalho e Carmona acabam por ser, na minha óptica, os únicos vencedores da noite. Ruben mantém os seus dois mandatos e passa uma imgem de serenidade e promissora de acordos pontuais. Carmona vê limpa a sua imagem e apesar de não ter ganho tem os 3 mandatos que faltam a Costa.
É com estas condicionantes todas que Lisboa segue para 2 anos de autarquia. Espero sinceramente que haja bom senso e sentido de causa na governação Costa. Detestaria e seria bastante prejudicial para Lisboa que enveredasse pelo (provável) caminho da vitimização e ingovernabilidade com vista a uma maioria em 2010. O tempo o dirá.
Sinceramente e relendo o que aqui escrevi não me parece que se augure grande futuro para a capital…
1 comentário:
O governo perdoa a dívida e faz de conta que acredita nos que dizem que deve milhares de milhões à capital, cria-se uma obra monumental na Portela e faz-se mais dois parque meyeres, um do Ando, outro do koolhaas, uma torre triceratopal do foster, emprega-se mais uma catrefada de gente na construção e nos serviços, tudo a pagar imposto em Lisboa. Já agora, depois do centro português de fotografia, passa-se as moradas de todos os sítios, museus e monumentais nacionais para lisboa, e assim o estado vê-se obrigado a retribuir à capital pelo sua enormidade de serviços que presta ao país.
Exorcizada a minha relação com quem nos oprime, também, considero que o vencedor é António Costa e o gajo do PNR. Um porque ganhou, ganhou, o outro porque ficou à frente do Manuel Monteiro.
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